memória e o agora

Caminhei por campos enaltecidos, que, como um prado comum,

E a sombra eternamente sangrada, sua atmosfera mesclada,

De uvas intensas, tons sem a arrogância dos que se julgam salvos, um

Encontro ambíguo de quem procura um amado, observei e escutei trilhas

Verdes e secas, onde o tempo era o rio pelo qual suas

Diversas canoas deslizavam, melódico, no compasso de uma pedra incandescente,

De árvores cujos frutos geram a semente de uma mulher extasiada

Preparada para o afeto mais ansiado, que carrega no corpo a pureza

Das relvas quando o sol as envolve, cascatas imensas,

Extraordinariamente alvas e proeminentes que caem em calor corpóreo

Quando o amor era o encanto da carne, caminhei sereno

E afetuoso na costa selvagem onde os homens fincavam

Seus sonhos e tranquilamente, como um cálice cheio de água,

Nutria os canais do corpo, onde líquidos se pronunciavam

A saliva doce e salgada que juntas eram encontros, contorno

Da mesma amada, os vales eram vales porque havia

Montanhas que compreendiam o céu e conferiam significado aos seus contrários,

A agitação da solidão, o pão generoso dos desencontros, o verso

Cujo ritmo não conversa com as pernas e pulveriza a sala da casa

Com o salto errante, pacotes apagados, o vazio onde as coisas

Se acomodam sem conhecer suas águas, do seio mais terno, do

Seu leite enamorado e do Abraço das florestas, aprendi sobre a sombra,

Como da luz que a lança, E amei e fui amado, soube ser com a flor suspeita,

A fornalha do fogo mais teimoso, que entende o carvão e a centelha que se atemoriza

E no choque acende a escuridão em chamas brilhantes, experimentei a escuridão

dos finais, as quedas sombrias, pilares fissurados, vida que inquieta,

A fome, a da garganta, e todas elas, assim, como a sede também é fome

Do espírito mais aromático, e do outro, onde o lampejo é maldito

O degelo desconsiderado, e o abraço amplo da floresta mais tropical,

Sou, agora, as coisas, que raramente estão unidas, exceto, constelações

Raras. No entanto, entrelaçadas pelo coração, existem tanto como o nada,

Aprendi sobre barcos, pernas, motores que exalam fogo, do amor,

Outra forma de prosseguir, e a aurora, onde a noite traça

Suas trilhas, seus obstáculos silenciosos, o medo mais generoso, e muitas

Vezes fez sol nessas sombras, e tantos dias floresceram, cresceram, doces como

Um abraço de mãe desarmada, e de tudo, o fio que atravessa as paredes,

os reinos, o futuro e o passado, neste presente onde a agitação é a ondulação

de trilhas imprecisas, e ainda o rio, o rio que ama, que afoga e nos resgata, rio de tudo

da fluência e das águas estagnadas.

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Caminhei por campos glorificados, que, como um prado comum,

E a sombra eternamente sangrada, sua atmosfera composta,

De uvas intensas, cores sem a soberba dos que se acham salvos, um

Flerte ambíguo de quem busca um amado, vi e ouvi trilhas

Verdes e secas, onde o tempo era o rio por onde suas

Diversas canoas fluíam, musical, no ritmo de uma pedra acesa,

De árvores cujos frutos geram a semente de uma mulher delirante

Pronta para o afeto mais desejado, que traz no corpo a virgindade

Das relvas quando o sol as envolvem, cascatas imensas,

Tremendamente alvas e salientes que caem em corpo quente

Quando o amor era o sortilégio da carne, andei calmo

E amoroso na selvagem costa onde os homens cravavam

Seus sonhos e serenamente, como um copo cheio de água,

Nutria os veios do corpo, por onde seivas se pronunciavam

A saliva doce e salgada que juntas eram encontros, silhueta

Da mesma amada, os vales eram vales porque havia

Montanhas que sabiam do céu e davam sentido aos seus reversos,

O tremor da solidão, o pão generoso dos desencontros, o verso

Cujo ritmo não fala com as pernas e pulveriza a sala da casa

Com o salto errático, pacotes apagados, o vazio onde as coisas

Se acomodam sem saber de suas águas, do seio mais terno, do

seu leite enamorado e do Abraço das florestas, soube da sombra,

como da luz que a projeta, E amei e fui amado, soube ser com a rosa suspeita,

A fornalha do fogo mais insistente, que soube do carvão e da faísca que se apavora

E no embate acende o escuro em claras brasas, tive o escuro

dos finais, as quedas tenebrosas, pilares trincado, vida que apavora,

A fome, a da goela, e todas elas, assim, como a sede é também fome

Do espírito mais perfumado, e do outro, que o lampejo é desgraçado

O degelo renegado, e o abraço amplo da floresta mais tropical,

Sou, agora, as coisas, que nunca estão juntas, salvo, constelações

Raras. No entanto, tecidas pelo coração, existem tanto como o nada,

Aprendi sobre barcos, pernas, motores que evaporam fogo, do amor,

Outra maneira de seguir adiante, e a madrugada, onde a noite desenha

Suas plantas, seus embargos silenciosos, o medo mais generoso, e muitas

Vezes fez sol nessas sombras, e tantos dias florescido, crescido, doce como

um abraço de mãe desarmada, e de tudo, o fio que atravessam as paredes,

os reinos, o futuro e o passado, nesse presente que o tumulto é a ondulação

dos embates, e ainda o rio, o rio que ama, que afoga e nos salva, rio de tudo

da fluência e das aguas paradas.