Primeira carta
É alta noite, há nuvens cinzentas
Em todos os meus pensamentos,
Anelo o teu olhar sem o tempo,
Ouço um distante hino, como
Se fossem anjos sobre harpas,
Regidos pelas ordens aéreas
Sem os ecos do teu adeus,
Cada nota é um consolo,
Abrigo-me logo num sono
E mesmo sem dormir venho
A sonhar sem toda a saudade,
Não é a última carta, é a primeira
Entre tantas outras que te direi
Que em sonho, tenho a realidade.