Inverso

Sigo a lei da transgressão.

Eu, a perversão da poesia.

Uma poesia dos sensíveis,

livre dos técnicos,

e das métricas estáticas.

Eu batalho pela poesia desregrada,

pelo poema do contrário.

O inverso.

Minha bandeira é a dos livres,

a do lirismo sem vergonha.

A poesia do susto.

A rima-absurdo.

Deserdei a moça que não baila,

e seus dizeres de estampa.

Destruí o mármore inerte.

A poesia é barro

mole e vivo.

O verso licencioso

e a estrofe dançarina

rebolam ousados

no pulsar da alma.

Alessandra Martins
Enviado por Alessandra Martins em 21/12/2007
Reeditado em 01/04/2008
Código do texto: T787554
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