OPRÓBRIO

Ouço várias gritos,

vários silêncios

A retina dos olhos ardentes

A pele fria e vazia

tornaram-se dilacerantes

A opacidade do dia,

voltará a nascer

Barulhos intensos

chegam até mim

Noites de cinzas e ventos,

hão de se ver

Na labuta do meio dia,

o sol escaldante

aquece a mente delirante

O prazer me consome,

entre os escárnios

da sórdida manhã indesejada

Será mesmo o fim?

Velhos escombros

no tempestuoso caminho

Porém, é sorte conquistada

Entre os porões da ilusão.

José Rafael dos Santos Alves
Enviado por José Rafael dos Santos Alves em 31/08/2023
Reeditado em 31/08/2023
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