GENTE
Francisco de Paula Melo Aguiar
Gente é como chita.
Uma se acha feia.
Outra se acha bonita.
Vestida, nua ou só de meia.
Gente vive de tudo.
Sem saber o que tem.
É o espelho do auto-iludo.
No olhar que vai e vem.
Gente que vive de aparência.
É como discurso de político.
Depois é que vem a consequência.
E assim o pobre vira rico.
Gente boa e calada.
Não divide o que pensa.
Na presente jornada.
Entra e sai sem licença.