Ponteiro celeste

Se eu escritor fosse, falaria sobre os astros, e o céu, cumprimentaria cada estrela no céu

Talvez , eu poderia escrever sobre o sol, sobre os cometas, desvendando em redação, seus passos, universos secretos, seus eventos discretos, que o olho despido não vê.

Ousaria, em produzir um texto sobre os satélites, sobre o azul e os seus limites.

Conseguiria arriscar desenhos tolos, contando a magnitude que são as formações lunares e as tempestades de Marte.

Mas do que adiantaria?

O que o infinito seria ?

Do que vale a minha escrita !

Se tudo isso fica tão menor que uma carta de amor, uma ampulheta com areia em queda, qualquer vida que a na terra.

Todo o pluriverso, não vale a respiração de quem se ama, um beijo, um filme de drama.

O cosmos que se olha é o de quatro anos atrás, tem estrela ali que nem vive mais, o que não morreu pertence a você, comecei a perceber, a mais vida em mim do que o céu há de conceber.

Paulo Alcides
Enviado por Paulo Alcides em 28/08/2023
Reeditado em 02/09/2023
Código do texto: T7871877
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