Ponteiro celeste
Se eu escritor fosse, falaria sobre os astros, e o céu, cumprimentaria cada estrela no céu
Talvez , eu poderia escrever sobre o sol, sobre os cometas, desvendando em redação, seus passos, universos secretos, seus eventos discretos, que o olho despido não vê.
Ousaria, em produzir um texto sobre os satélites, sobre o azul e os seus limites.
Conseguiria arriscar desenhos tolos, contando a magnitude que são as formações lunares e as tempestades de Marte.
Mas do que adiantaria?
O que o infinito seria ?
Do que vale a minha escrita !
Se tudo isso fica tão menor que uma carta de amor, uma ampulheta com areia em queda, qualquer vida que a na terra.
Todo o pluriverso, não vale a respiração de quem se ama, um beijo, um filme de drama.
O cosmos que se olha é o de quatro anos atrás, tem estrela ali que nem vive mais, o que não morreu pertence a você, comecei a perceber, a mais vida em mim do que o céu há de conceber.