Ai, mar
Ai, mar
Imponente espuma de perigos
Um abismo que se afunda em castigos
Uma cruz que desce do céu
A fragilidade cansada ao léu
Uma vida no vazio das ondas
Que se engolem em formas redondas
A cegueira de quem sente a sorte por perto
A aridez molhada do incerto
Ai, mar que te levantas tão bonito
Como encantas com o teu saber erudito
Como abrandas e te estendes no infinito
Como podes ser tormenta em conflito
Ai, mar que tantas poesias me inspiras
Ai, mar que nos orvalhos ao vento suspiras
Luísa Rafael
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Porto, Portugal