Ai, mar

Ai, mar

Imponente espuma de perigos

Um abismo que se afunda em castigos

Uma cruz que desce do céu

A fragilidade cansada ao léu

Uma vida no vazio das ondas

Que se engolem em formas redondas

A cegueira de quem sente a sorte por perto

A aridez molhada do incerto

Ai, mar que te levantas tão bonito

Como encantas com o teu saber erudito

Como abrandas e te estendes no infinito

Como podes ser tormenta em conflito

Ai, mar que tantas poesias me inspiras

Ai, mar que nos orvalhos ao vento suspiras

Luísa Rafael

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Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 26/08/2023
Código do texto: T7870843
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