O céu azul do meu olhar
O céu azul do meu olhar
O céu de um azul manchado por rasgos de flocos pálidos
De nuvens de algodão num véu arrastado pelos ventos cálidos
Reveste a imensidão celeste de um infinito calado misterioso
Que me entra na solidão campestre dos olhos com impacto grandioso
São folhos de cores frias no tacto em nuances de um caloroso sossego
Flores recortadas de magias literárias de romances a que me entrego
Brisas imaginárias de carícias e aconchego em janelas abertas floridas
De ilhas desertas despidas e inquietas em escapadelas coloridas
Até as feridas são fechadas nestas sentinelas puras e vagarosas
Curas sentidas na alma que respira ondas sedosas de poesias
De uma maré de espumas salgadas sem águas mas com o aroma das fantasias
E o meu peito suspira o cansaço das horas lentas impiedosas
No parapeito de granito abraço os sentimentos que a criatividade me entrega
Onde grito no espaço a voz adormecida que a ventania da liberdade me leva
Luísa Rafael
Direitos de autor reservados
Porto, Portugal