dos cavalos (o)
No ato reto, a forma não se elabora,
É dado como queda, uma faísca na gasolina,
É como o sono encontra o embriagado,
O apaixonado, do despenhadeiro, salta.
Não é como a noite toma o dia,
Ou o dia à noite, é como as coisas que arrebenta,
É como a bomba que explode,
Não é como o amor acaba, como a beleza se esvai,
Mais como um relâmpago, estrondo de uma porrada.
Ontem, uma mulher me chamou de belo,
Guardei-a na caldeira de titânio e frescor,
A ela se juntaram outras palavras, signos que refrescam a vontade.
meu rio há de ter a flor mais permanente,
Mesmo que o espirro noturno seja de sangue,
Rubro, nessas vendas de assombro,
Onde fui, foi mais com as pernas do que com olhos.
Certa vez uma flor dessas contemporâneas, coquete,
Acendeu uma fogueira na mesma sala onde eu soube da vida,
Embora fosse inflamável, mergulhou nas labaredas,
Dizendo o nome de uma árvore.
No retorno, era uma fruta com uma folha no talo,
Amei-a porque agora sabia do seu sabor,
Também do sumo que, quando desfrutado, sustenta o cosmo,
E o deixa mais vivo, porque se sabe desfrutado
Cresci e aprendi que, neste mundo,
O pedregulho é amarelo como borboleta amarela,
E as asas são dessas que acompanham os cavalos.
E o sol e os átomos, são meninos do mesmo recado.
Entretanto, nunca os tive porque algo já me tinha,
E eu mal sabia que eram as coisas que dominavam,
vestígios apenas sussurrados nas pontes mais ásperas,
versão 2
Na retidão do ato, a forma não se constrói,
É dada como uma queda, uma centelha na gasolina,
É como o sono encontrando o embriagado,
O apaixonado que salta do abismo.
Não é como a noite tomando o dia,
Ou o dia tomando a noite, é como tudo se despedaçando,
É como a explosão de uma bomba,
Não é como o amor chegando ao fim, ou a beleza desvanecendo,
Mas como um relâmpago, o estrondo de um soco.
Ontem, uma mulher me chamou de belo,
Guardei-a no cofre de titânio e frescor,
Juntaram-se a ela outras palavras, signos que reacendem a vontade.
Meu rio deve ter a flor mais duradoura,
Mesmo que o espirro noturno seja rubro,
Nesses momentos de mistério e espanto,
Onde caminhei mais com as pernas do que com os olhos.
Certa vez, uma flor contemporânea e sedutora,
Incendiou uma sala onde a vida se manifestou,
Ela era inflamável e se entregou às chamas,
Sussurrando o nome de uma árvore.
Ao retornar, tornou-se fruta com folhas viçosas,
Amei-a porque agora conhecia seu sabor,
Assim como o suco que, ao ser desfrutado, nutre o cosmos,
E o torna mais vibrante, quando se permite desfrutá-lo.
Cresci e aprendi que neste vasto mundo,
O seixo brilha como uma borboleta dourada,
E as asas seguem o galope dos cavalos,
Enquanto o sol e os átomos compartilham seu segredo.
Entretanto, nunca os possuí, pois algo já me possuía,
E eu mal sabia que eram as coisas que dominavam,
Mistérios apenas sussurrados nas pontes mais ásperas.
Versão 3
No instante reto, a forma se nega a surgir,
É dada como uma queda, centelha na gasolina a arder,
É como o sono que encontra o embriagado,
O apaixonado, precipitando-se do precipício.
Não é como a noite engolindo o dia,
Ou o dia mergulhando na noite, é como as coisas que se desfazem,
É como a explosão da bomba,
Não é como o amor desaparece, ou a beleza se esvai,
Mas como um relâmpago, o estrondo de um golpe.
Ontem, uma mulher me chamou de belo,
Retive-a na caldeira de titânio e frescor,
A ela juntaram-se outras palavras, signos que revitalizam a vontade.
Meu rio há de abrigar a flor mais duradoura,
Mesmo quando o espirro noturno se tece de sangue,
Rubro, nesses confins atemorizantes,
Onde estive, foi mais com as pernas do que com os olhos.
Uma vez, uma flor dessas contemporâneas e coquetes,
Incendiou a mesma sala onde eu descobri a vida,
Embora fosse inflamável, mergulhou nas chamas,
Cantando o nome de uma árvore.
Na volta, tornou-se uma fruta com folha no caule,
Amei-a porque agora conhecia seu sabor,
E o suco que, quando apreciado, nutre o cosmo,
E o torna mais vivo, porque se sabe apreciado.
Cresci e entendi que, neste vasto mundo,
O pedregulho é amarelo como uma borboleta dourada,
As asas são daquelas que acompanham os cavalos.
O sol e os átomos, são crianças do mesmo enigma.
No entanto, nunca os tive porque algo já me possuía,
E eu mal sabia que eram as coisas que detinham o domínio,
Mistérios apenas sussurrados nas pontes mais ásperas.
.
versão 4
No instante reto, a forma não se entrelaça,
É dada como uma queda, centelha na gasolina,
É como o sono encontra o embriagado,
O apaixonado, precipitando-se do precipício.
Não é como a noite consome o dia,
Ou o dia se envolve na noite, é como as coisas que se desintegram,
É mais como a explosão da bomba,
Não é como o amor termina, ou a beleza se desvanece,
Mas como um relâmpago, o estrondo de um golpe.
Ontem, uma mulher me chamou de belo,
Mantive-a na caldeira de titânio e frescor,
Outras palavras se juntaram a ela, signos que renovam a vontade.
Meu rio deve abrigar a flor mais perene,
Mesmo quando o espirro noturno se tingir de sangue,
Rubro, nessas encruzilhadas aterradoras,
Onde estive, foi mais com as pernas do que com os olhos.
Uma vez, uma flor dessas contemporâneas e coquetes,
Incendiou a mesma sala onde descobri a vida,
Embora fosse inflamável, mergulhou nas chamas,
Cantando o nome de uma árvore.
No retorno, transformou-se numa fruta com folha no caule,
Amei-a porque agora conhecia seu sabor,
E o suco que, quando apreciado, nutre o cosmo,
E o torna mais vivo, porque se sabe apreciado.
Cresci e entendi que, neste vasto mundo,
O pedregulho é amarelo como uma borboleta dourada,
As asas são daquelas que seguem os cavalos.
O sol e os átomos, são crianças do mesmo enigma.
No entanto, nunca os tive porque algo já me possuía,
E eu mal sabia que eram as coisas que detinham o domínio,
Mistérios apenas sussurrados nas pontes mais ásperas.