Afluentes da imaginação
Afluentes da imaginação
Como as águas leves de um rio cristalino
Nas viagens por entre as pedras e sucalcos do caminho
Beijaste as margens alegres no teu trajecto sinuoso
Com carícias de afecto no meu corpo sedoso
As delícias sensoriais eram letras quentes de poemas
Tatuadas nas folhas banais inspiradas nas manhãs serenas
Papéis de rasgadas ilusões de sonhos carentes
Palavras vãs de sensações aconchegadas nas mentes
A imaginação tem potenciais misteriosos desconhecidos
Enlaça no coração desejos e mágoas em recantos perdidos
Abraça com gestos vigorosos os encantos emergentes
Tudo deriva como um rio que passa com os seus afluentes
E serpenteia a nudez dos seixos cansados e giestas douradas
Numa avidez que anseia ver por frestas devaneios em espumas de marés salgadas
Luísa Rafael
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Porto, Portugal