Afluentes da imaginação

Afluentes da imaginação

Como as águas leves de um rio cristalino

Nas viagens por entre as pedras e sucalcos do caminho

Beijaste as margens alegres no teu trajecto sinuoso

Com carícias de afecto no meu corpo sedoso

As delícias sensoriais eram letras quentes de poemas

Tatuadas nas folhas banais inspiradas nas manhãs serenas

Papéis de rasgadas ilusões de sonhos carentes

Palavras vãs de sensações aconchegadas nas mentes

A imaginação tem potenciais misteriosos desconhecidos

Enlaça no coração desejos e mágoas em recantos perdidos

Abraça com gestos vigorosos os encantos emergentes

Tudo deriva como um rio que passa com os seus afluentes

E serpenteia a nudez dos seixos cansados e giestas douradas

Numa avidez que anseia ver por frestas devaneios em espumas de marés salgadas

Luísa Rafael

Direitos de autor reservados

Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 24/08/2023
Código do texto: T7869340
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