INÉRCIA

Coração endurecido,

em longos prados sucessivos

Na fadiga do amanhã,

elevo meu pensamento

sentindo o mistério do meu canto

Prodígio imenso de espanto

Projeto-me num exaustivo tempo

O mistério do meu sentir

jaz perdido de encanto

Ando a vagar em noites intensas

Navego pelas memórias,

em meio a suspiros de exílios

Embrulhos de mistérios

Me vejo em pequenas sombras

Sob as dobras do tempo,

figuras inocentes, vis, atrozes

andam pela fagulha do vento.

José Rafael dos Santos Alves
Enviado por José Rafael dos Santos Alves em 24/08/2023
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