Em minha lembrança, eternamente
Eu te amo como os pássaros
Amam voar,
Como os mistérios subsistem
Nos mais profundo abismo oceânico.
Eu te espero
Sabendo que não voltarás
Te encontro em somente memória
Irrefletida, mas pulsante, latente
E inda viva.
O céu me parece sem formosura
Perto da beleza que tinhas
E o mar me parece vazio
Perto das lágrimas que chorei por você.
O sol é insignificantemente menor
Que o calor de teu amor
As horas decisivas que esperara
Matou-me aos poucos também
Morro contigo em parte
E sepultei-te ao passo de meu próprio
Sepultar.
O conformismo é a única opção?
Tua vida, que a morte levou-me
Aparece no limiar de meus sonhos,
Eu sonho com você
Em vida, correndo pelos prados
Feliz, ofegante, com os olhos
Fitos ao longe
Vindo em minha direção e que são
Desejosos de que o verde e o céu
Sejam só teus e meus - para sempre.
Bem aventurada fui eu ao poder cuidar
De você
Porque eu não desistirei jamais de tê-la
Ávida e cheia de vida dentro de mim
Nutrindo meu sôfrego peito
Hidratando e irrompendo em minhas veias, me mantendo viva
E eu sei que o que mais me assombrará
em lembranças é a imagem da perfeição de tua face, tua bela e irretocável expressividade,
Minha Belinha, meu doce cão.