A César e a Deus

No átrio majestoso da moral e da lei,

A sentença ressoa, firme e cortês,

Embalada no vento que sopra, em auge, na grei,

Dizendo aos homens: "Vosso caminho escolheis."

A César, o tributo, o dever terreno,

As rédeas da ordem, do Estado e da razão,

É o tributo que pagas, oh homem sereno,

Na construção da sociedade e civilização.

Aos templos de Deus, o fervor da alma,

O cântico do espírito, a busca do divino,

É a jornada da fé, da crença e da calma,

Na contemplação do eterno, no enlevo do destino.

No altar do homem, a moeda reluzente,

Na igreja, o incenso elevado, a prece sincera,

Ambos são os trilhos, da jornada plausível e urgente,

Que o ser humano, em sua dualidade, espera.

No dízimo da vida, se tece o destino,

Na contribuição à sociedade, a construção do lar,

Cada ato é um tributo, um elo divino,

A César e a Deus, a humanidade a trilhar.

Assim, a sentença ecoa, perene e sábia,

Nas páginas do tempo, na história a brilhar,

"Dá a César o que é de César, com sabedoria,

A Deus, o que é de Deus, a cada passo a semear."

Na balança da existência, equilíbrio entre os seus ,

Na dualidade humana, a escolha e o destino,

"A César o que é de César, a Deus o que é de Deus,"

Nesse mote, a jornada humana, em seu fascínio.

Bernardo Reis
Enviado por Bernardo Reis em 23/08/2023
Código do texto: T7868458
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