A César e a Deus
No átrio majestoso da moral e da lei,
A sentença ressoa, firme e cortês,
Embalada no vento que sopra, em auge, na grei,
Dizendo aos homens: "Vosso caminho escolheis."
A César, o tributo, o dever terreno,
As rédeas da ordem, do Estado e da razão,
É o tributo que pagas, oh homem sereno,
Na construção da sociedade e civilização.
Aos templos de Deus, o fervor da alma,
O cântico do espírito, a busca do divino,
É a jornada da fé, da crença e da calma,
Na contemplação do eterno, no enlevo do destino.
No altar do homem, a moeda reluzente,
Na igreja, o incenso elevado, a prece sincera,
Ambos são os trilhos, da jornada plausível e urgente,
Que o ser humano, em sua dualidade, espera.
No dízimo da vida, se tece o destino,
Na contribuição à sociedade, a construção do lar,
Cada ato é um tributo, um elo divino,
A César e a Deus, a humanidade a trilhar.
Assim, a sentença ecoa, perene e sábia,
Nas páginas do tempo, na história a brilhar,
"Dá a César o que é de César, com sabedoria,
A Deus, o que é de Deus, a cada passo a semear."
Na balança da existência, equilíbrio entre os seus ,
Na dualidade humana, a escolha e o destino,
"A César o que é de César, a Deus o que é de Deus,"
Nesse mote, a jornada humana, em seu fascínio.