Na doceria
Eu que já pensei no fim do mundo
Pensei antes dele se acabar
O que foi nossa existência; nossa jornada
Se não um constante caminhar
Na vaga e quase impossível possibilidade
De se chegar a alguma racional conclusão
Porque no fim é isso
Uma constante busca por respostas
Na vitrine da confeitaria
Estão expostos lindos doces coloridos
A moça tão linda e delicada
Que ao vê -la refletida no espelho da vitrine
Seu pai, um homem elegante; sorri
Não diz nada, mas deixa transparecer
A alegria de ver a jovem moça
Encantada com o colorido dos doces
Que pergunta terá feito o pai
No silêncio da sua alegria só dele
Não se saberá
Mas a moça do balcão
Igualmente bela
Sorriu
Como se compreendesse o pai que nada disse
Eu que já pensei no fim do mundo
Pensei
É cedo pro fim do mundo