Meu espelho de alma

Meu espelho de alma

Às vezes espelhos são raiares de alvoradas

Espreitam com vagares as almas de portas fechadas

Abrem fechaduras destes lugares com as chaves do olhar

Ou quem sabe com ternuras suaves até basta lhes tocar

Dão-me silêncios dourados de introspecção e luz

Uma forma de entrar por onde o coração me conduz

Não há espaços vazios apenas a simplicidade e leveza do ser

Nem muros sombrios nesta casa que habita o meu viver

Ali vive um paraíso de tranquilidade que me embala

Um sorriso de felicidade numa voz que se cala

Uma inocência angelical sem sexo nem idade

Um ambiente floral com o perfume da perpetuidade

Ali a essência pura do meu eu profundo para mim se revela

Uma transparência nua que respiro quando abro ao mundo uma janela

Luísa Rafael

Direitos de autor reservados

Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 22/08/2023
Código do texto: T7867716
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