sepultamento
Sob o véu enigmático de luz e caramelo,
Verdades se entrelaçam, lâminas de sombra,
No tempo imemorial, paira acima da platibanda,
E aqueles que ousaram adentrar o bosque salino, se perdem.
A busca insaciável pela porta, onde a entrada é testa,
Da criatura mítica alada de tempos distantes, vagueiam sem rumo,
Enredados nas teias do destino, nos abismos,
E o segredo sepultado, um fio de perda, corações ardentes.
Os que compartilham com reis, esposas, amantes,
Aqueles na penumbra, implorando alento no abismo,
O filho do homem com cajado, trajando efêmeras vestes,
Empurra a pedra e sussurra palavras, como ecos ao vento.
Entre as árvores, serpentes colossais, enigma sinistro,
Gemidos, lamentos, depois, o silêncio do desastre, o céu toca a terra,
Estrelas incandescentes, feitas de chamas, calor nas sombras da noite,
Para os que ignoram o estrondo das montanhas, a mulher se desnuda, pura e ameaçadora.
Lâmpada de certezas, ela revela os seios a um povo ávido,
Como um augúrio de tempos etéreos, o leite espectral flui pela abertura,
Uma memória sombria, morna, branca, mágica, portas ocultas aguardam,
Dragões atendem à convocação, crianças brincam na trilha do mistério, ignorando o destino inescapável.
E nesse ballet de sombras, a verdade permanece oculta, à espreita