A Lua
No sabor do luar
deslizam nuvens
na brancura eterna
rasgando vales
Através da bruma
oscilam a ternura
e o amor dissecado
por dois seres esquecidos
Na planície vertiginosa
vibra a amizade
no esquecimento
dos tempos vertiginosos
São chamas que se criam
na secura das terras
na berma do rio
veloz infindável
É a criança que eras
na ingenuidade das flores
na caruma dos caminhos
pela etérea saudade.