Fecho os olhos
Fecho os olhos
Fecho os olhos com calma para me ver por dentro
Lá ao fundo há uma alma com a leveza do vento
É de uma pureza transparente num mundo etéreo
É minha semente plantada um profundo mistério
Tem aquele murmurinho musical do mar em ondulação
Uma harpa angelical no pensamento em oração
Uma cortina de luz que a veste de um sol luminoso
Num lençol de pele macio que respira harmonioso
Tem a frescura de um jardim quando o orvalho o molha
Liberta aquele perfume de flor na minha mão que a desfolha
Cada pétala de vida que a abre e a desnuda
Transparece em quem me olha com uma suave procura
E quando abro as janelas do céu e ouço o silêncio das estrelas
Quantas em brilhos celestes se embalam no colo delas!
Luísa Rafael
Direitos de autor reservados
Porto, Portugal