UM POEMA À CORA CORALINA
Foi e é grande poetisa
muito além dessa vida
com obras poéticas concisas,
Ana era o nome da menina
escrevia com disciplina
ser poetisa foi sua sina
a inspiração nunca termina...
Publicava em jornais locais,
versos e frases sensacionais
nem sempre com rima,
usando lição divina,
“A Rosa” em sucesso culmina
escreveu até crônica
a poetisa assim desponta.
A poetisa então se casa
logo deu uma pausa,
casamento e filhos foram causa
o marido se recusava,
a participação dela negava
e isso atrapalhava
a poetisa que se dedicava.
Em São Paulo foi ficando
e os anos foram passando,
escrevendo e engavetando,
não sei se esse era o plano
ou se foi um grande engano,
depois desse tempo retornando
ao seu amado solo goiano.
Dois livros ela escreveu
e tudo guardava como eu,
pela chance de publicar
ficou muito a esperar,
essa veio com a idade a avançar
o primeiro livro foi o marco
esse trabalho eu destaco.
Era de serena inteligência,
nada fazia com displicência
mas sim com eficiência
regada a muita sapiência,
escrevia com frequência
imagino que tinha urgência,
ser reconhecida era a carência.
Personalidade reconhecida
brasileira e aqui nascida
viu sua obra construída
cada vitória foi merecida
poetisa muito querida
poesia fácil de ser entendida
jamais será esquecida.
É uma grande inspiração
não usava só caneta e mão,
escrevia também com o coração
sempre aclamada com emoção,
exalando simplicidade e exatidão
trabalhos que beiram a perfeição,
exerceu lindamente a profissão.
Sempre a imagem na janela
referência sobre ela,
essas linhas bem singelas
descrevem um pouco dela,
como colega me colocaria?
E meus trabalhos, ela leria?
Ou responderia: “Quanta ousadia"...