UM POEMA À CORA CORALINA

Foi e é grande poetisa

muito além dessa vida

com obras poéticas concisas,

Ana era o nome da menina

escrevia com disciplina

ser poetisa foi sua sina

a inspiração nunca termina...

Publicava em jornais locais,

versos e frases sensacionais

nem sempre com rima,

usando lição divina,

“A Rosa” em sucesso culmina

escreveu até crônica

a poetisa assim desponta.

A poetisa então se casa

logo deu uma pausa,

casamento e filhos foram causa

o marido se recusava,

a participação dela negava

e isso atrapalhava

a poetisa que se dedicava.

Em São Paulo foi ficando

e os anos foram passando,

escrevendo e engavetando,

não sei se esse era o plano

ou se foi um grande engano,

depois desse tempo retornando

ao seu amado solo goiano.

Dois livros ela escreveu

e tudo guardava como eu,

pela chance de publicar

ficou muito a esperar,

essa veio com a idade a avançar

o primeiro livro foi o marco

esse trabalho eu destaco.

Era de serena inteligência,

nada fazia com displicência

mas sim com eficiência

regada a muita sapiência,

escrevia com frequência

imagino que tinha urgência,

ser reconhecida era a carência.

Personalidade reconhecida

brasileira e aqui nascida

viu sua obra construída

cada vitória foi merecida

poetisa muito querida

poesia fácil de ser entendida

jamais será esquecida.

É uma grande inspiração

não usava só caneta e mão,

escrevia também com o coração

sempre aclamada com emoção,

exalando simplicidade e exatidão

trabalhos que beiram a perfeição,

exerceu lindamente a profissão.

Sempre a imagem na janela

referência sobre ela,

essas linhas bem singelas

descrevem um pouco dela,

como colega me colocaria?

E meus trabalhos, ela leria?

Ou responderia: “Quanta ousadia"...

Maria Cristina Amaral Oliveira
Enviado por Maria Cristina Amaral Oliveira em 19/08/2023
Reeditado em 19/08/2023
Código do texto: T7865341
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