Se sentires sou eu

Se sentires descansar em ti uma folha de Outono desprendida

De uma haste desnudada sem dono em lágrima sentida

Talvez seja um orvalho fresco da luminosa alvorada

Que te acaricia a pele sedosa de forma doce dissimulada

Talvez seja uma poeira solta que se encanta pela aragem

Numa dança feiticeira embalada pela folhagem

Um toque subtil para te lembrar que eu existo

Um sopro suave do perfume primaveril que me visto

Talvez seja uma brisa de amor do ar que respiro

Um sentimento inocente que te chega em suspiro

Um chamamento que ecoa por ti nas asas do vento

Uma voz que sussurra em silêncio cá dentro

Se sentires um vento suave e envolvente no tecido do céu

Meu amor é tão simplesmente um beijo em liberdade meu

Luísa Rafael

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Porto, Portugal