1939

Bombas caindo em Varsóvia

E meu coração calhava a dar voltas

A procurar um novo pranto

Em encontrar um canto

Para que pudesse aos poucos

Tocar meu piano, seguir meus planos

Onde os povos roucos gritavam

Soavam a trombeta da paz

Bombas caindo em Varsóvia

E eu me perdia a cada momento

As valsas da lua eram magníficas

Noites viravam dias em cada clarão

Aos amigos e amantes

Vinhos e espumantes

Forraram suas mesas

Fartas de indelicadeza...

Bombas caíram em Varsóvia

E eu continuo aqui

Trepidando em meio ao cotidiano

Sonhando em ter uma faísca de oportunidade

De mudar meus planos