Necessitas, felicidade, de mim também?
Dá-me de teus encantos
Beijo as mãos tuas
Em profunda afeição;
E porque te necessito,
Querer-te em vida minha
Seria apenas destino?
Quando a vejo
Não é com os olhos
Que faço isso
Tão pouco sei de ti
Em vista do que real preciso
Que te com o coração conheço
E com sujeição me renderia
Às delícias de teus toques
Transcendentais
Qual flor na chuva fria
Deslancha-se em pétalas minhas
Desiludo-a ou desiludes-me tu?
Lenda não és
Alma bela: felicidade
Bela, tão simples
E conjunto complicada
Triste estou, como folha verde
Que do alto se desprendeu
Triste sou,
Se não me percebes
(és tu que vens e me fazes
saber que respiro)
E se tento ler tua alma
É porque a minha tu tens
Teus braços cândidos
Que nunca me seguraram fortes
O teu hálito morno
Dizendo-me que és presente
A feição pura, não descrente
Dos futuros elos prontos
És tudo? Como posso
Tanto a desejar,
Sem nem lhe ver direito,
Felicidade... E qual mortal
Não há de a tanto querer
Tamanho poder tens ao mundo?
Estranho ardor que guardo
Nas estreitas estritas portas
De minh'alma...
Ser feliz é o que preciso
E me perguntarei eternamente:
Necessitas, felicidade, ( nem que pouco)
De mim também?