onde você se entregou e deixou que as ondas te afogasse
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Nas profundezas onde a penumbra exala,
Ecoa o cântico que outrora entoávamos,
O último acorde, tênue e sutil, se aquieta,
Refletindo, meditativo, me encontro imerso.
O pranto que guardo, será suficiente,
Para que uma aurora radiante rompa o véu das trevas?
Pequeno fui, pequeno sempre me percebi,
Sabia ele, que meu barco, de fibras delicadas trançadas,
Não suporta o ímpeto de uma vida agitada, frenética,
Após içar a âncora, não ferro, nem madeira,
Mas sim uma flor de sangue e medo, desabrochando,
No coração da vida, um jardim de sensações, forma-se.
Não sou criança, mas é ela quem guia o leme,
Medindo ventos, tocando pedras, sondando a majestade,
Minhas tolices, como as de um tolo, quem me chama?
Sob arranha-céus altivos, a cidade se desdobra,
Fortaleza para alguns, abismo profundo e etéreo,
Como a dor que agora me envolve, carne e pele.
Pensamentos nutridos por fluidos estagnados,
Pus, sangue noturno, como uma estrada sombria,
Fluindo nas veias, sentimentos entrelaçados,
Famintos por tormenta, anseiam por luz, por dia,
Sempre te amei, a melodia persiste, apesar dos ventos,
Apesar dos tumultos, sinfonias caóticas, memórias fragmentadas.
Manchas no caminho, abandono e o vazio permanente,
A juventude ainda pulsa, tocando a melodia ecoante,
Como amantes se despedem, num lamento resistente,
Meu amor, você pensava eu tivesse um trono, mas apenas uma cadeira,
Um lugar para ausências, corações resistentes,
Guardo nosso mundo, o passado que permanece.
Um amor silencioso, pouco confessado, intenso,
A casa caiu, espaço tomado, a dor pulsa,
Teus cabelos, pernas íngremes, medos que persistem,
Talvez mais profundos que os meus, angústia infinita.
Que tua estrela continue a brilhar, rompendo a escuridão,
Iluminando campos e mares por onde vagueias,
Ondas antes evitadas, com cautela atravesse,
A vida não é só primavera, mas também caos, ideias.
Maremotos e um piso que teima em se partir.
Não busques ser forte, basta ser frágil, sensível,
A armadura que vestes é símbolo de amor, e não de bravura,
Te guardo, fervilhando sob o medo, incansável,
Uma árvore tocando a multidão, raízes que perduram.
Somos todos raízes, e, como as árvores parte de nós
entra no profundo da terra, pagando o esforço para
sonhar com um céu, que frívolo não nos faz cavalo
ou a donzela indomável que ama dentro de uma desastre
frutos de luz e tragédia, unidos em memórias,
agulhas costuram histórias de vida,
Pouco das frutas aproveitamos, mas a agulha é ouro,
Na maturidade, a jornada se delineia, a vida é bem-vinda.
Onde quer que estejas, que esta visão te alcance,
Que a vida em tuas pernas flua, em um refúgio acolhedor,
O amor, esfera ardente e eterna, sem julgamento, sem arrogância,
Sempre ao teu lado, nunca solitário, sempre amigo, e amor,
que sempre esteve suspenso entre duas pedras falsas
.
Nas profundezas onde a penumbra exalada,
E a cantiga que em coro ecoávamos
Se despediu, num último acorde depositada,
Refletindo sobre isso me encontro agora,
O choro que guardo, será bastante implorado,
Por uma aurora bela que, em sua fonte, aflora.
Fui pequeno, pois pequeno sempre fui,
Sabia ela que meu barco, em fibras amarrado,
Tolerava o impulso de uma vida audaz, de um ruidoso alarido,
Após minha âncora ser erguida e erguida com mão leve,
Nada de ferro, nem madeira em meu leito profundo,
Uma flor de sangue e temor, com coragem se atreve,
No coração da vida, floresce, expande-se, fecundo.
Não sou infante, mas é ela quem assume o leme,
Medindo os ventos, a pedra tocando, sabendo da majestade,
Tolice me foi, como ao tolo, e sem mesmo revelar,
Sob os edifícios altos que a cidade levanta,
Para alguns, fortaleza, mas para a tragédia há espaço,
Havia um abismo profundo, um poço, sombrio, um recanto,
Tão profundo quanto a dor que agora em mim faço,
Na carne, na pele, na alma, um pranto.
Todo pensamento nutrido por fluidos estagnados,
Pelo pus, pelo sangue noturno, denso e escuro,
Pelas veias como estrada, corroendo, deixando marcas,
Onde os famintos de tormentas querem aflorar,
Sempre te amei, sem cessar, a música ecoa,
Apesar do tumulto, sinfônico caos, nas sombras perdura.
Manchas em nossa jornada, abandonos, desencanto,
Juventude ainda presente, toca a melodia que ressoa,
Como amantes que, na despedida, tecem pranto,
Amor, pensava eu, tinha um trono, mas era mera cadeira,
Onde coubessem ausências, para todos os corações que se amam,
Guardo o mundo nosso, te mantenho em mim, parte derradeira.
O amor silente, pouco confessado, dolorosamente clamam,
A casa desabou, teu espaço tomado, a dor se inflama,
Cabelos teus, pernas finas, receios profundos que entram,
Talvez mais temerosos que os meus, que a desgraça inflige, trama.
Que tua estrela perdure, resplandecendo no escuro,
Iluminando campos e mares onde tu navegas,
Ondas que evitavas, com cautela, a aventura e o muro,
Vida não é só primavera, mas delírio, tormenta, entrelaçam-se nas tramas.
Não busques ser forte, basta ser frágil, sensível,
A armadura que vestes é sinal de amor, não de bravura,
Te tenho, fervilhando sob o medo, insaciável,
Uma árvore toca a multidão, desconhecendo sua estatura.
Raízes que somos, frutos de luz e tragédia, um todo,
Em memórias, agulhas costuram as linhas da vida,
Pouco das frutas usamos, mas da agulha é ouro,
Na maturidade, a história da vida é contada, vivida.
Onde quer que estejas, que esta visão sobre ti se estenda,
Que a vida nas pernas te mova, em santuário imerso,
O amor, esfera ardente, eterna, jamais se ofenda,
Acompanhando-te sempre, nunca solitário, versículo imerso.
Nas profundezas onde a penumbra se exala,
Ecoa o cântico que outrora todos entoávamos,
Seu último acorde depositado, uma prece cala,
Refletindo, meditativo, eu me encontro aqui,
O pranto que guardo, será bastante, será?
Uma aurora bela, será ela capaz de emergir?
Fui pequeno, pequeno sempre fui,
Ela sabia que meu barco, tecido de fibras sutis,
Suporta o ímpeto de uma vida selvagem, de frenesi,
Quando a âncora é erguida, cuidadosamente solta,
Nada de ferro ou madeira, mas sim uma flor,
De sangue e medo, desabrochando com ardor,
No coração da vida, uma história, um clamor.
Não sou criança, mas é ela, quem comanda o leme,
Medindo ventos, tocando pedras, sonda a majestade,
Tolice, talvez, como a de um tolo, me tornei refém,
Sob arranha-céus imponentes, a cidade se ergue,
Para alguns, fortaleza, mas na sombra há abismo,
Profundo, como a dor que em mim encontro,
Na carne, na pele, uma ferida, um lamento.
Pensamentos nutridos por fluidos estagnados,
Pus, sangue noturno, como uma estrada escura,
Correndo em minhas veias, sentimentos amargos,
Famintos de tormenta, querem despertar com bravura,
Te amei sempre, na melodia persistente, ecoando,
Apesar dos tumultos, sinfonias caóticas, lamentando.
Manchas em nosso caminho, desolação e desespero,
Juventude ainda presente, toca a música que persiste,
Como amantes se despedem, em pranto sincero,
Amor, pensei que fosse trono, mas apenas um assento,
Onde cabem ausências, para os corações que resistem,
Guardo o mundo nosso, preservo o momento.
Um amor silencioso, pouco confessado, ardente,
A casa caiu, o espaço tomado, dor crua,
Teus cabelos, pernas esguias, medos latentes,
Talvez mais profundos que os meus, tortura nua.
Que tua estrela resplandeça, iluminando a escuridão,
Banhe campos e mares onde tu navegues,
Ondas que evitavas, com cautela, a navegação,
Vida não é só primavera, mas delírio e desejos,
e as tragédias de sua indistinção se entrelaçam.
Não busques ser forte, basta ser frágil, sensível,
A armadura que veste é símbolo de amor, não de bravura,
Te tenho, fervendo sob o medo, implacável,
Uma árvore toca a multidão, as raízes da cultura.
Raízes somos nós, frutos de luz e tragédia, um todo,
Em memórias, agulhas costuram histórias da vida,
Pouco das frutas aproveitamos, a agulha é o ouro,
Na maturidade, a trajetória é traçada, compartilhada.
Onde quer que estejas, que essa visão te envolva,
Que a vida em tuas pernas te mova, em um santuário,
O amor, esfera ardente, eterna, nunca culpo ou reprovo,
Sempre a te acompanhar, jamais solitário, sempre necessário.
profundezas onde a penumbra exala,
Ecoa o canto que outrora todos nós entoávamos,
O último acorde depositado, a melodia se cala,
Pondero agora, imerso em reflexão profunda,
O choro que carrego, será ele suficiente,
Para que uma aurora radiante rompa a escuridão?
Fui pequeno, sempre pequeno, reconheço,
Ela sabia que meu barco era tecido de fibras delicadas,
Capaz de resistir ao impulso de uma vida agitada,
Após içar a âncora, não de ferro, nem madeira,
Mas uma flor de sangue e medo desabrocha,
No coração da vida, um jardim de emoções se fez.
Não sou criança, porém é ela quem assume o timão,
Medindo ventos, tocando pedras, sondando a majestade,
Nas minhas tolices, me perdi, sem qualquer razão,
Sob arranha-céus altivos, a cidade se eleva,
Uma fortaleza para alguns, porém um abismo,
Profundo, como a dor que agora percorre meu ser,
Na carne, na pele, como uma marca a sangrar.
Pensamentos alimentados por fluidos estagnados,
Pus, sangue noturno, como uma estrada obscura,
Fluindo em minhas veias, sentimentos entrelaçados,
Famintos por tormenta, anseiam se revelar com bravura,
Sempre te amei, a melodia persiste, apesar das provações,
Apesar dos tumultos, sinfonias caóticas, inundações.
Manchas em nosso trajeto, abandonos e desamparo,
A juventude ainda floresce, tocando a música que ecoa,
Como amantes se despedem, em lágrimas desvelam o amparo,
Amor, pensei que fosse trono, mas era uma simples cadeira,
Abrigando ausências, para os corações que resistem,
Preservo o nosso mundo, o passado que se desfaz.
Um amor silente, raramente revelado, ardente,
A casa desmoronou, o espaço foi invadido, dor aguda,
Teus cabelos, pernas esguias, medos presentes,
Talvez mais profundos que os meus, a angústia desnuda.
Que tua estrela brilhe, iluminando a escuridão,
Banhe campos e mares por onde navegas,
Ondas outrora evitadas, com cautela e precaução,
A vida não é apenas primavera, mas delírio e anseios, entrelaçadas.
Não busques ser forte, basta ser frágil, sensível,
A armadura que usas é emblema do amor, não da bravura,
Te mantenho próximo, fervilhando sob o medo, inquebrável,
Uma árvore toca a multidão, suas raízes são a cultura.
Somos todos raízes, frutos de luz e tragédia, um só,
Em memórias, agulhas costuram histórias de vida,
Pouco das frutas aproveitamos, mas a agulha é ouro,
Na maturidade, a trajetória é traçada, vivida.
Onde quer que estejas, que esta visão te alcance,
Que a vida em tuas pernas se mova, em um santuário,
O amor, esfera ardente e eterna, nunca exige ou reprova,
Sempre a te acompanhar, nunca solitário, sempre necessário.
Nas profundezas onde a penumbra exala,
Ecoa o cântico que outrora todos entoávamos,
O último acorde depositado, a melodia se dissolve,
Meditativo, refletindo, eu me encontro aqui,
O choro que carrego, será ele suficiente,
Para que uma aurora bela desponte das sombras?
Fui pequeno, pequeno sempre fui,
Ela sabia que meu barco, tecido de fibras delicadas,
Suporta o ímpeto de uma vida frenética, agitada,
Quando a âncora é erguida, suavemente liberada,
Nada de ferro, nem de madeira, mas sim uma flor,
De sangue e medo, desabrochando com vigor,
No coração da vida, um jardim de emoções se faz.
Não sou criança, mas é ela quem conduz o leme,
Medindo ventos, tocando pedras, sondando a majestade,
Tolice minha, como a de um tolo, talvez,
Sob os arranha-céus altaneiros, a cidade erguida,
Uma fortaleza para alguns, mas também um abismo,
Profundo, como a dor que agora me consome,
Na carne, na pele, como uma ferida que lateja.
Pensamentos nutridos por fluidos estagnados,
Pus, sangue noturno, como uma estrada escura,
Fluindo pelas veias, sentimentos entrelaçados,
Famintos por tormenta, anseiam desabrochar com bravura,
Sempre te amei, a melodia persiste, apesar das agruras,
Apesar dos tumultos, sinfonias caóticas, murmúrios obscuros.
Manchas em nosso caminho, abandonos e desamparo,
A juventude ainda pulsante, tocando a música que ecoa,
Como amantes se despedem, em um lamento sincero,
Amor, pensei que fosse trono, mas apenas uma cadeira,
Onde cabem ausências, para os corações que resistem,
Guardo o nosso mundo, um passado que se esvai.
Um amor silencioso, raramente confessado, intenso,
A casa caiu, o espaço foi ocupado, dor profunda,
Teus cabelos, pernas finas, medos sutis, suspensos,
Talvez mais profundos que os meus, a angústia nos inunda.
Que tua estrela continue a brilhar, rompendo a escuridão,
Iluminando campos e mares por onde vagas,
Ondas outrora evitadas, com cautela e apreensão,
A vida não é só primavera, mas delírio e anseios, nas vagas.
Não busques ser forte, basta ser frágil, sensível,
A armadura que vestes é símbolo de amor, não de bravura,
Te guardo, fervilhando sob o medo, inabalável,
Uma árvore toca a multidão, suas raízes são cultura.
Somos todos raízes, frutos de luz e tragédia, unidos,
Em memórias, agulhas costuram histórias de vida,
Pouco das frutas aproveitamos, mas a agulha é preciosa,
Na maturidade, o caminho é traçado, a jornada é cumprida.
Onde quer que estejas, que essa visão te envolva,
Que a vida em tuas pernas te mova, em um santuário,
O amor, esfera ardente e eterna, nunca censura ou reprova,
Sempre a te acompanhar, nunca solitário, sempre necessário.
O choro que guardo, será ele suficiente,
Para que uma aurora radiante aflore das trevas?
Fui pequeno, sempre pequeno me percebi,
Ela sabia que meu barco, em fibras delicadas,
Sustentava o ímpeto de uma vida turbulenta, de frenesi,
Ao içar a âncora, sem ferro, sem madeira, mas sim,
Uma flor de sangue e medo, desabrochando assim,
No coração da vida, jardim de emoções a um só tempo.
Não sou criança, mas é ela quem assume o leme,
Medindo ventos, tocando pedras, sondando a majestade,
Minhas tolices, como as de um tolo, enfim, quem me chama?
Sob os arranha-céus altivos, a cidade se estendendo,
Fortaleza para alguns, mas abismo, profundo e escuro,
Como a dor que me açoita agora, debruçado sobre o mundo,
Na carne, na pele, uma ferida que pulsa e rasga.
Pensamentos alimentados por fluidos estagnados,
Pus, sangue noturno, como uma estrada sombria,
Fluindo em minhas veias, sentimentos misturados,
Famintos por tormenta, ansiosos por uma nova dia,
Sempre te amei, ecoa a melodia, apesar dos escombros,
Apesar dos tumultos, sinfonias do caos, memórias que assombram.
Manchas no percurso, abandono e o vazio que resta,
A juventude ainda tateia, tocando a melodia que persiste,
Como amantes em despedida, num lamento que testa,
Amor, eu pensava que fosse um trono, mas era só uma cadeira,
Um lugar para as ausências, para os corações que insistem,
Guardo o mundo nosso, o passado que reverbera.
Um amor silencioso, quase não confessado, mas ardente,
A casa caiu, espaço tomado, a dor se faz presente,
Teus cabelos, pernas finas, medos profundos, persistentes,
Talvez mais temerosos que os meus, a angústia se estende.
Que tua estrela continue a brilhar, rasgando a noite escura,
Iluminando campos e mares onde vagas sem fim,
Ondas que evitavas, com cautela e amargura,
A vida não é apenas primavera, mas um canto em abismo.
Não busques ser forte, ser frágil já é suficiente,
A armadura que usas é feita de amor, não de bravura,
Te mantenho aqui, fervilhando no medo, resistente,
Uma árvore tocando a multidão, raízes que perduram.
Somos todos raízes, frutos de luz e tragédia, amalgamados,
Em memórias, agulhas tecem histórias de vida sentida,
Pouco das frutas aproveitamos, mas a agulha é ouro,
Na maturidade, a trajetória se delineia, uma jornada unida.
Onde quer que te encontres, que esta visão te alcance,
Que a vida em tuas pernas se mova, em um refúgio, um abrigo,
O amor, esfera ardente e eterna, sem julgamento ou cobrança,
Sempre ao teu lado, jamais solitário, sempre amigo.
Nas profundezas onde a penumbra exala,
O eco do canto que outrora todos entoávamos,
O último acorde depositado, a melodia se aquieta,
Refletindo, meditativo, me encontro imerso.
O pranto que guardo, será ele o suficiente,
Para que uma aurora radiante rasgue o véu das trevas?
Pequeno fui, sempre pequeno me percebi,
Sabia ela que meu barco, de fibras tênues trançado,
Suporta o ímpeto de uma vida agitada, frenética,
Após içar a âncora, não de ferro, nem de madeira,
Mas sim uma flor de sangue e medo, desabrochando,
No coração da vida, um jardim de emoções se forma.
Não sou criança, porém é ela quem conduz o leme,
Medindo ventos, tocando pedras, sondando a majestade,
Minhas tolices, como as de um tolo, quem me chama?
Sob arranha-céus altivos, a cidade se estende,
Fortaleza para alguns, abismo profundo e etéreo,
Como a dor que me percorre agora, na carne, na pele.
Pensamentos nutridos por fluidos estagnados,
Pus, sangue noturno, como uma estrada sombria,
Fluindo em minhas veias, sentimentos entrelaçados,
Famintos por tormenta, anseiam por luz, por dia,
Sempre te amei, a melodia persiste, apesar dos ventos,
Apesar dos tumultos, sinfonias caóticas, memórias em fragmentos.
Manchas no caminho, abandono e o vazio que persiste,
A juventude ainda palpita, tocando a melodia que ecoa,
Como amantes se despedem, num lamento que resiste,
Amor, eu pensava que fosse um trono, mas apenas uma cadeira,
Um lugar para ausências, para corações que resistem,
Guardo o mundo nosso, o passado que permanece.
Um amor silente, pouco confessado, mas intenso,
A casa caiu, espaço tomado, a dor palpita,
Teus cabelos, pernas finas, medos que não cessam,
Talvez mais profundos que os meus, a angústia infinita.
Que tua estrela continue a brilhar, na escuridão a romper,
Iluminando campos e mares por onde vagueias,
Ondas outrora evitadas, com cautela a percorrer,
A vida não é só primavera, mas também o caos, as ideias.
Não busques ser forte, basta ser frágil, sensível,
A armadura que vestes é símbolo de amor, não bravura,
Te guardo, fervilhando sob o medo, incansável,
Uma árvore tocando a multidão, raízes que perduram.
Somos todos raízes, frutos de luz e tragédia, unidos,
Em memórias, agulhas costuram histórias de vida,
Pouco das frutas aproveitamos, mas a agulha é ouro,
Na maturidade, a jornada se delineia, a vida é bem-vinda.
Onde quer que estejas, que esta visão te alcance,
Que a vida em tuas pernas flua, em um refúgio acolhedor,
O amor, esfera ardente e eterna, sem julgamento, sem arrogância,
Sempre ao teu lado, nunca solitário, sempre amigo, sempre amor.