sutil complexidade das bolinhas de gude
Ao abrir a porta, surgiu árvore de mármore no quarto,
Solitária, estranha ao parque comum,
Sob a luz, dançava; frutos ocasionalmente chocavam
No solo, folhas varriam, num balé perfumado,
Chão avermelhado de cimento,
Assim como o coração, que ainda aprende a bater,
Gargantas explodem ao sentir
Espasmo que freia o arco da vida.
Palavras, âncoras feitas, amarram
Toda população de enigmas, seria
Se escolas não transmutassem salão
Em ponte instável à beira do abismo; então,
Para não entrar na floresta escura, esculpiram em mim
Lâmpada que, acesa, evoca lembrança,
Transformei-me em troféu,
Desvendando mistérios, onde o pequeno
Mistura-se à galáxia, ou abismo
Negro, cujo limiar é intransponível,
Sua porta, sombra que descarta abóboras
Das ramificações terrenas, surge a mulher
Desgovernada como vagão, porém adornada com estrelas,
Corpo luminoso, aroma de desejo aceso,
Preparando minha refeição – amor, jardim
De inúmeras flores, proclama,
Num gole de conhaque, desnuda-se,
Quando abre as pernas, encontro o universo
Que eu concebia em minha infância, emocionada, sussurra
Que uma simples corda pode acender a fogueira, e isso, de alguma forma, me acalma,
Pois o fogo é cão pastor que nos lambe, mas também
Nos consome, então lhe mostro a janela, de onde, com besouros, eu voava,
Ela toca minha mão e murmura que eu assemelho-me a besouro,
Com seis patas, voo pelo quintal, asas em frenesi, compreendendo helicópteros, ventiladores,
Percebo que o mar é mais denso que esta
Paragem, seu nome é uma risada peculiar,
Mas não consigo rir, pois, ao abrir a janela, passa pessoa importante,
Devagar, exibindo-se com carro forrado em pele de ovelha; lua
Sem assinatura repousa em seu colo, e ao longe,
Ele declara amor. Incapaz de retrucar, menciono que a rua mais alta
É silenciosa, mas é molhada pela água que desce dos degraus da igreja, quando são lavados.
E finalmente me revelam ser forte, meu grito, aterrorizante, fraqueza azul-turquesa,
Enfim entendo, humanidade não compreende as pequenas
"Palavras, âncoras fixadas, imobilizam
Toda uma população de enigmas, se assim
Escolas não moldassem salão
Ponte trêmula à beira do abismo; então,
Para evitar a sombra do bosque, modelaram em mim
Lâmpada que, acesa, sinaliza lembrança,
Transformei-me em troféu,
Conhecendo recônditos, onde o pequeno
Se entrelaça à galáxia, ou abismo
Negro, cujo limiar é rígido,
Sua porta, sombra que exclui abóboras
De ramificações terrenas, então a mulher
Desenfreada qual vagão, mas com estrelas,
Corpo de luz, aroma de desejo em chamas,
Prepara minha refeição – amor, jardim
De muitas flores, afirma,
Em um trago de conhaque, despe-se,
Ao abrir as pernas, o universo surge aos meus olhos,
Como o cosmos que, na infância, imaginei; emocionada, confia
Que corda singela pode atear fogueira, isso serena,
Pois fogo é cão pastor que afaga, mas também
Nos ceifa, então lhe mostro a janela, de onde, com besouros, decolava,
Toca minha mão e afirma que eu assemelho-me a besouro,
Com seis patas, voo pelo quintal, asas em frenesi, compreendendo helicópteros, ventiladores,
Percebo que o mar é mais denso que esta
Paragem que conhecemos, seu nome, jocoso,
Mas risos não afloram, pois, ao abrir a janela, transita pessoa de importância,
Devagar, exibindo-se com carro de pele de ovelha; lua
Sem autoria repousa em colo, e ao longe,
Ele declama amor. Incapaz de retorquir, menciono que a rua mais alta
É silente, mas é banhada pela água que desce dos degraus da igreja, ao serem purificados.
E então revelam ser eu forte, meu grito, amedrontador, fraqueza em tons azul-turquesa,
Enfim compreendo, humanidade não se embrenha nas minúcias das bolinhas de gude."
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Quando escancarei a porta, uma árvore de mármore aflorou no quarto,
Única, destoante das do parque,
À luz, ela rodopiava; frutos às vezes tangiam
O solo, folhas dançavam e varriam,
Chão vermelho de cimento,
Assim como o coração, cujo latir é ciência,
Gargantas explodem ao sentir
Espasmo coibir o arco da vida.
Palavras, âncoras tornadas, imobilizam
Toda uma população de enigmas, seria
Se escolas não convertessem salão
Em ponte instável à beira do colapso; então,
Para não adentrar o bosque sombrio, moldaram em mim
Lâmpada que, acesa, sinaliza lembrança
Preservada com cuidado, tornando-me troféu,
Conhecendo meandros, onde o pequeno
Mistura-se à galáxia, ou abismo
Negro, cujo umbral é impassível,
Sua porta, sombra que relega abóboras
A ramificações terrestres excluídas, então a mulher
Desenfreada qual vagão, mas dotada das estrelas
Corpo feito luz, aroma de desejo aceso,
Prepara minha refeição – amor, jardim
De muitas flores, alega,
Em um gole de conhaque, despe-se,
Quando abre as pernas, o universo meus olhos encontram,
Tal como o cosmos que, em meninice, eu imaginava; emocionada, me confidencia
Que corda simples pode atear fogueira, e isso, meu espírito serena,
Pois fogo é cão pastor que nos afaga, mas também
Nos ceifa, então mostro a ela a janela, por onde, com besouros, alçava voo,
Toca minha mão e diz que meu ser assemelha-se a besouro,
Com seis patas, volitando pelo jardim, asas em frenesi, compreendendo helicópteros, ventiladores,
Percebo que o mar é densidade superior à paragem que conhecemos,
Seu nome, toada cômica, porém risos não brotam, pois, ao deslizar janela, passa indivíduo imponente,
Devagar, ostentando-se com carro forrado em pele ovina; lua sem autoria repousa em colo, e à distância,
Ele proclama amor. Incapaz de retorquir, menciono que rua mais alta cessa em silêncio, porém é banhada
Por águas que descem dos degraus da igreja, ao serem purificados.
E eis que me revelam ser eu forte, meu grito aterrorizador, fraqueza de matiz azul-turquesa,
Enfim compreendo, humanidade desconhece sutil complexidade das bolinhas de gude.
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Quando escancarei a porta, uma árvore de mármore aflorou no quarto,
Chão vermelho de cimento,
Assim como o coração, cujo latir é ciência,
Gargantas explodem ao sentir
Espasmo coibir o arco da vida.
Palavras, âncoras tornadas, imobilizam
Toda uma população de enigmas, seria
Se escolas não convertessem salão
Em ponte instável à beira do colapso; então,
Para não adentrar o bosque sombrio, moldaram em mim
Lâmpada que, acesa, sinaliza lembrança
Preservada com cuidado, tornando-me troféu,
Conhecendo meandros, onde o pequeno
Mistura-se à galáxia, ou abismo
Negro, cujo umbral é impassível,
Sua porta, sombra que relega abóboras
A ramificações terrestres excluídas, então a mulher
Desenfreada qual vagão, mas dotada das estrelas
Corpo feito luz, aroma de desejo aceso,
Prepara minha refeição – amor, jardim
De muitas flores, alega,
Em um gole de conhaque, despe-se,
Quando abre as pernas, o universo meus olhos encontram,
Tal como o cosmos que, em meninice, eu imaginava; emocionada, me confidencia
Que corda simples pode atear fogueira, e isso, meu espírito serena,
Pois fogo é cão pastor que nos afaga, mas também
Nos ceifa, então mostro a ela a janela, por onde, com besouros, alçava voo,
Toca minha mão e diz que meu ser assemelha-se a besouro,
Com seis patas, volitando pelo jardim, asas em frenesi, compreendendo helicópteros, ventiladores,
Percebo que o mar é densidade superior à paragem que conhecemos,
Seu nome, toada cômica, porém risos não brotam, pois, ao deslizar janela, passa indivíduo imponente,
Devagar, ostentando-se com carro forrado em pele ovina; lua sem autoria repousa em colo, e à distância,
Ele proclama amor. Incapaz de retorquir, menciono que rua mais alta cessa em silêncio, porém é banhada
Por águas que descem dos degraus da igreja, ao serem purificados.
E eis que me revelam ser eu forte, meu grito aterrorizador, fraqueza de matiz azul-turquesa,
Enfim compreendo, humanidade desconhece sutil complexidade das bolinhas de gude.