dia pra noite
Nas veias deste tempo, onde o dia definha,
Lanço minha luz e frutos nas vielas ocultas,
Uma volição etérea me envolve, regressa,
Ao abrigo do crepúsculo, onde a aurora repousa.
Refletido nas pupilas dos exploradores do instante,
Sinto o brilho nos olhos, corpos se enredam,
Sussurros enigmáticos, promessas veladas, segredos se desvendam,
Homens de gravidade profunda, vidas talhadas, repousam.
Onde a pureza se aninha, farinha que se dissolve,
Mentes se curvam ao entardecer, onde frutos
De caroços misteriosos destilam essências únicas,
Tanta beleza, moças úmidas, mistérios despontam em festa.
Néctar é o beijo doce, corpos se entrelaçam em sonhos,
Insolente auxiliar, servo de nobres de pernas longas,
Deserto, torvelinho ímpio, linguagem transborda,
Perfura o coração das ogivas secretas, no cerne das coisas.
Nas praças, folhas exuberantes traçam tapetes de éter,
E da criança brota um grito noturno, nascente do âmago.
O eco dos passos amplifica paixões noturnas, suspiros se insinuam,
O dia é rio que se desenrola, abraça a noite, dança sutil a cumprir.
Até se esvair, meus olhos se perdem como névoas de encanto,
Desprovida dela, flores e campos perderiam seu segredo profundo.
Presentes desvendam topos da cidade envolvida em véus,
Na vastidão desolada, as memórias se desfazem.
A noite é vital como o dia que fulgura, ambos efêmeros,
Em sua sinfonia enigmática, me perco em êxtase silenciado.
Contraponto, respiração tranquila, grandiosa, murmúrios de enigma,
Assim, a noite e o dia, dança cósmica entretecida.
Preencho vazios com sombras e charadas, véus de ilusão,
Cada um, à sua maneira, um tributo da vida enigmática, labirinto de mistério,
Devorando moradas no caminho. Caminho, mas mortos absorvem
O amor da terra, e ela os acolhe com uma incisão no ventre.
E nas vias de pedra, floresta encantada, cada
Árvore é um arbusto alado,
A prata da vida envolve um abrigo, mãos e calor,
Olhos mergulham fundo, impureza confere autenticidade.
Neste exato instante, o viajante se sacia,
Enquanto sua jovem amante, corpo como abismo, narra as moradas dos botões,
O temor, enraizado, o suave aroma,
E também, a cor da camisa devorada por seus olhos.
Outras partes de mim, latidos das cadelas,
Na morte, continuidade, não uma conclusão discreta,
Engendrada por mentes finitas,
Desdobro os braços, o universo acolhe, destilo lavas.
Mesa da sala, famílias, uma após a outra,
Chicoteiam a mímica que a poesia repudia,
Sangue de gramas embevecido em fantasias, vingança ansiosa e silente.
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Lanço minha luz e frutos nas vielas ocultas,
Uma volição etérea me envolve, regressa,
Ao abrigo do crepúsculo, onde a aurora repousa.
Sinto o brilho nos olhos, corpos se enredam,
Sussurros enigmáticos, promessas veladas, segredos se desvendam.
Homens de gravidade profunda, vidas talhadas, repousam,
Mentes se curvam ao entardecer, onde frutos
De caroços misteriosos destilam essências únicas,
Tanta beleza, moças úmidas, mistérios despontam em festa.
Néctar é o beijo doce, corpos se entrelaçam em sonhos,
Nas praças, folhas exuberantes traçam tapetes de éter,
O eco dos passos amplifica paixões noturnas, suspiros se insinuam,
O dia é rio que se desenrola, abraça a noite, dança sutil a cumprir.
Até se esvair, meus olhos se perdem como névoas de encanto,
Presentes desvendam topos da cidade envolvida em véus,
A noite é vital como o dia que fulgura, ambos efêmeros,
Em sua sinfonia enigmática, me perco em êxtase silenciado.
Preencho vazios com sombras e charadas, véus de ilusão,
Desprovida dela, flores e campos perderiam seu segredo profundo.
Sonhos definham sem seu toque suave, melodias da alma,
Contraponto, respiração tranquila, grandiosa, murmúrios de enigma.
Assim, a noite e o dia, dança cósmica entretecida,
Cada um, à sua maneira, um tributo da vida enigmática, labirinto de mistério.