Esta minha metade
Calada
Com flores, enfeitada
Face...
Rumores, desdenha
Da outra face, escassa.
Metade que mente
Não sente
Indecente...
Que pretende
Faz de mim, o que quer
Como uma máscara
Tortura a mente.
Uma face que nao
Verte lágrima, taciturna.
Moldura da alma.
Que corrói o corpo ,
Envelhece...
Com farpas, cicatriz.
Metade da minha face
É noturna, soturna
Embevecida e murcha.
Sem raiz
Sem um sorriso
Sem destino
Metade falsa de mim.
Na dualidade do ser,
Sou poesia onde me
Escondo
Ao prazer do sol
nem uma letra caída
Sou infinita
Esta metade que
Sobressai diz o
Que não se cala,
A farsa.
Sou metade anjo,
Asa partida.
Metade flores de plástico
Que fica,
Iludida flor
e
Entristecida.
Metade de mim
Tem uma força,
Uma leoa ,
A outra?
Arrefece e num
Quarto escuro
Fica.
Se pronuncia flor
Nascida.