AUSÊNCIA
A crueldade dela é torturar à distância
E ser sorrateira na boca das manhãs
Sorrindo prazeres na malvadeza
De oferecer o veneno da ausência
Mas teu sequestro possui anuência
Divide o dolo do seu crime com a vítima
Esta que chora o peito em automaledicência:
Amar a quem lhe pratica covardias
com a faca do silêncio