Flores de tecido
costuro sem linha
agendo um príncipe para o feriado
minha saudade tem porta giratória
vivo lotada
apago as asas doida e doída
aceito o que a caneta quer
(a) palavra sem cerimônia
meu céu toma o poder
desmarco a morte do dia
(não tenho com quem ir)
pesco meu café da manhã
se fosse corar
começaria pelo mundo
mas juraria que nunca mais o faria
divido meu cigarro com fantasmas
luto contra a insônia
durmo sem perceber
em papel timbrado
na contraluz