das lavadeiras
Nos abismos não há lugar
para o suor dos deuses em sintonia.
Naquele fulgor é que despertam
as alvoradas das lavandeiras,
cujas noites foram desatadas.
Nas mãos delas, o tempo se reinscreve,
como uma narrativa etérea.
Nas margens do invisível, trama sutil,
Cintila o eco dos séculos, silente,
Entre as mãos que teçam o destino,
A teia do tempo se entrelaça e mente.
No éter das eras entrelaçadas,
Segredos antigos dançam sem som,
Lavandeiras do tempo, mãos tecendo,
O invisível se revela, o passado e o além.