o verde

No verde da folha do milho esmeralda,

E no verde da goiaba, será o mesmo tom?

E que dizer do verde que não se acalma,

Do grilo, o "Esperança", na Bahia, é o som.

Verde é o mar em sua vastidão de encanto,

Verde é a mocinha, em sua ingenuidade,

Que beleza é essa que se esconde tanto?

No verde ela floresce, na sinceridade.

Oh, que sonhos habitam o verde intenso,

Que inunda as formas e faz pulsar o ser?

Nesse matiz, a beleza encontra o seu senso,

E se deixa abraçar, se deixa envolver.

Gosto do verde, fruta e vida a pulsar,

Na casca, no miolo, a essência a girar,

No verde, a mesma fruta, a se questionar,

Sem saber seu destino, só o futuro a esperar.

Assim como a vida, que amadurece e muda,

Tirando cores, mas trazendo luz ao fundo,

Na jornada verde, cada alma se escuda,

E o verde nos guia, com seu encanto profundo.

Que a vida seja um verde eterno e puro,

Sem a noite que apaga, o desalento obscuro,

O verde da folha do milho

É o verde da folha de goiaba?

E o que falar do verde

Do grilo, que alguns, no

Estado da Bahia chamam

Esperança! ...

E o verde do mar,

E o verde da mocinha

Que ainda não sabe de nada...

E que é bela por causa disso.

Que sua beleza vem desse

Verde que ainda lhe exala?

Que espécie de sonho

Vive as coisas bonitas

Que se deixam inundar

Desse verde?...

Gosto de verde, como gosto

De fruta verde,

Dessas frutas que o verde

Não está somente na casca

mas no miolo, na intimidade

da fruta...

A mesma fruta verde

Que não sabe de seu destino.

Não sabe que algo

Vem lhe amadurecer,

lhe tirar sua cor.

Porque algo da vida

Lhe precisa assim...

A vida deveria ser toda verde

Sem o apodrecimento da noite

Ou das coisas que não tem cheiro

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 10/08/2023
Reeditado em 10/08/2023
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