Criança Mimada
CRIANÇA MIMADA
Adair André da Silva
Por onde olho, vejo então
Uma multidão que anda,
Grande ou pequena, sei não,
Sem prumo, sem rumo,
Sem meta, sem direção.
Faz do grito sua luta,
Na mentira, labuta,
Cansa, força bruta,
Sem plano, sem meta.
Mente nua, alma crua.
Sem sabor, sem amor,
Não sabe a dor
Da falta de pão.
Diz que ama, engana.
Amor é vida, dividida, despida
De interesse ou intenção.
Vida pura, não importa
Se é certa ou torta,
É vida, é dom.
Pelos caminhos destilam ira,
Não aceita que o mundo gira,
Enquanto capotam sem razão.
Pobre povo, pequena multidão
Criança mimada,
Não sabe receber um "não ".
@adairandre_