O dó.

Da pena de mim

Querer-te em silêncio

Neste quarto perfumado de incenso

Já não domino o que penso

Fiel enfrento o calor

O zunido perturbante

O velho ventilador

Sua imagem marcada

Não sai de mim como fosse tatuada

São só pensamentos

Sou só, sentimentos

a cabeça "avua"

como a fumaça do incenso que flutua

Penso, e mesmo sem intento

só vejo você

da pena de mim

ter tanto querer

ainda assim, mesmo escravo sou bravo

ainda assim mesmo, escrevo

querer e não ter

desejar e não poder

amar e doer

da pena de mim

de tanto querer

Demá
Enviado por Demá em 20/12/2007
Reeditado em 27/12/2007
Código do texto: T785659
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