Brevidade
É manhã
Os pássaros acordam o dia
numa crianceira de ritmos e tons
O vento só uiva sem saber alegria
adulto sério em desfeita ao próprio som
Cães invisíveis latem ao nada
em autoridade de aviso de pertença
Plantas dançam folhas de pernas atadas
Liberdade pode ter raízes. Não faz diferença
Faminto, o sol engole a sombra
Disputa com o tempo o poder da brevidade
Essa magia que morre logo ali me assombra
É um sopro… Mas enquanto existe, é eternidade
É manhã… Ainda é.