DROGA

DROGA

Ouço o silêncio

Da droga que grita

Desperta o cio

Da minha desdita

Me faz escravo alienado

Dum mundo inexistente

Em que deixo de ser gente

E passo a ser um desagregado

Mas compenso ser legalizado

E me enterro vivo

Sou apenas cativo

Meu norte

Apenas e só a morte

Deixo a outros a razão

Do protesto ou sanção

Afinal não bate mais

Meu coração

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 05/08/2023
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