P R E C I O S I D A D E S (359)
AQUELE ESTRANHO OLHAR
Não consigo explicar
por que fitei um dia
aquele estranho olhar
de sonho e de magia.
Evitá-lo não pude.
E não sei, quando o vejo,
se ele é todo virtude,
ou se é todo desejo.
E a dona desse olhar
que eu guardo na retina
parece adivinhar
que o seu olhar fascina.
Mas nunca há de supor
nem ao menos sonhar,
que um louco e imenso amor
me prende ao seu olhar.