O Sentido da Vida
No escuro da noite eu vou
Na estrada deserta caminho
Em dia de luz eu brinco
Em dias noturnos eu choro
A todo tempo eu refaço
Em todo tempo eu luto
No recanto da vida eu escondo
Na penúria da carne eu toco
Nos lugares insondáveis existo
Na mentira corrente eu desfaço
Na verdade minguante eu escondo
Eu vivo o tempo do tamanho
Viver de verdade tem medo
Viver de mentira tem gozo
Viver o ocaso da vida
Viver o seu nascedouro
E nessa toada informe
Eu busco a completude da vida
E nesse conjunto de arranjos
Eu ando descalço na vida
Procuro a porção mágica
Ou a ilusão da mística
A fonte da eterna mansão
Ou o sentido da vida