Flauta 


A flauta de querubim
em noites de luar
transfiguradas
por amantes irrequietos 

trespassam os sons
na quietude dos tempos
por campos floridos
de beijos sequiosos 

Na plenitude de um terraço
soam as trombetas
por planícies de vidro
num desejo inconsciente 

São pregões cantarolados
em plena juventude
num abraço intransponível
para a era dos videntes.

pedrovaldoy
Enviado por pedrovaldoy em 20/12/2007
Reeditado em 28/01/2010
Código do texto: T785276