COPO CHEIO
Copos cheios
Preenchendo corações vazios,
Corações sombrios,
Conversas vazias
Fingindo preencher a solidão,
Ilusão de falsas companhias,
Uma falsa união
De corpos ébrios sentados em mesas frias,
Ouvindo canções frias
Cheias de palavras vazias
Que fingem preencher o coração.
Copos vazios,
Cabeças cheias,
Pensamentos cambaleam,
Pensamentos borbulhan,
Bebidas esfriam pensamentos.
Emoções nada sóbrias,
Corações partidos,
Álcool absorvido,
Corpos em combustão.
Sorrisos fúteis,
Sorrisos frios preenchendo o vazio,
Alegria que é máscara para a solidão.
Sentados numa mesa fria
À 4 da matina,
Casa norturna quase vazia,
Inimigos do fim, inimigos de si,
Amigos de ninguém,
Embreagados pela falsidade
Que fingem não percerber
Apenas para poderem "pertencer"...
À quê? À lugar nenhum,
E isso se torna comum,
Preenchendo com ilusão
O vazio do coração.
Chama o garçom,
E lá vai mais um copo cheio na mão...