Nascida de secular
Flor
pronta para germinar
Túmulo raiz
quieto e frio
Útero que aninha.
Cultivo presas
Ao solo fértil
Semente sou
A desafiar intempéries ,
o tempo.
Uma vez germinada
Brota...
Silenciosa e frágil
Indigna na floresta
Densa, pulsante,
Doce jardim
Selvagem.
Só a parte mais
Frágil
Reflete ao sol.
Minhas raízes são
Profundas.
Oriundas da paralela
Seiva que nutre,
Alimento, sedento
De vida.
Cada pétala contém
Uma flor.
Cada galho uma
folha.
Cada olhar tristonho,
Um sol.
Germinou na terra,
Parida...
Sem tempestades,
Sem vulcânica
larva...
Sem um dia vivido.
Nascida entre erva
daninha,
Adormecido côncavo,
Broto destino.