A taça

A taça meio vazia

Na mão bêbada

Pende para frente

Sem derramar .

Cada gole é um

Dado viciado para

A fortuna de uma

Consciência vacilante

A poeira antiga

Dos móveis

Destoam da sala

de mesa cara.

Um vinho rico

Em cristal

Despenca

Da mão desacordada

Se derrama no chão

Inunda sala como um

Copo de água com sal

Sem identidade

No carpete agora

É só mais um

incomodo,

Infortúnio

Não há lamentação,

se quebra

ninguém escuta

Nem o bêbado, só queda

Paulo Alcides
Enviado por Paulo Alcides em 02/08/2023
Reeditado em 31/08/2023
Código do texto: T7851500
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