Sangue, suor e gozo

Abro meus olhos com sofreguidão

A respiração, mal consigo controlar

O corpo sofre cansado, sem ar

Sinto, na garganta, bater o coração

Pele rasgada, sinto arderem as feridas

Parece que, a qualquer nomento,

Espero a ceifadora fazer sua visita

Melhoro a visão e te vejo ao meu lado

Você, tão suada, sofre igualmente

Já sem forças para qualquer ação

Parte da minha pele sob suas unhas

Na sua pele, marca dos meus dentes

E nesse visual de sofrimento e violência

O horror mortalmente prazeroso

E no lençol nem mais se distingue

O que é sangue, do que é suor

do que é gozo