Começo do fim

Putrefação da língua maldita

Olhares julgando o rastejante

Seu crucifixo não intimida

Sua oração suja pulsante

Mostrando um ódio

Tão categórico

Nem parece tão podre

Subindo no pódio

Finge tão mal

Enforcando o ócio

Fingindo ser santo

Nada vale mais

O plástico asfixia

Baforando aguarrás

Pagando anistia

Se afoga em notas

Comendo garrafa pet

De couro suas botas

De pele seu quepe

É o começo do fim.

Ligia Albarracin
Enviado por Ligia Albarracin em 01/08/2023
Reeditado em 01/08/2023
Código do texto: T7851015
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