VOO VISITANTE
VOO VISITANTE
As visitas da noite,
Transportam letras rasas.
Vezes afundadas,
Acordam dentro dos sonhos.
A luz possui,
As invasões das desculpas.
Os modos pessoais das ausências,
Trazem os pudores das intimidades violadas pelas negações.
Ao ser dito, o sussurro,
Beneficia as realidades do não.
As imagens das demonstrações,
Gastam as aladas viagens com brinquedos.
Imperceptíveis, as ferramentas universais,
Prosseguem nos passos das grandezas tecidas.
Os sobressaltos lentos dos percursos assistenciais,
Adormecem no correr inconsciente.
Promessas adiadas,
Planejam nascimentos.
O tudo se serve,
DO deixar individual e comunicativo.
A trivialidade das fotografias,
Ridiculariza o amor à inclusão.
Vãs procuras,
Convencem existências.
À margem do silêncio,
As histórias humanizam casos.
O término das expedições adversas,
Concede verdades ao ficar das mesmices.
O já esquecido,
Apressa o haver apagado dos remorsos.
Vestígios breves,
Passam no sono.
O quando regressa,
Ao mais tardio.
Os reconhecimentos finais do ter,
Sempre fidelizam as moradas das buscas egoístas.
O perdurar da morte,
Conclui o apenas.
A imperfeição dos rastros e das cinzas,
Voa rumo aos instintos paradisíacos.
Sofia Meireles.