BARCO À VELA
BARCO À VELA
Fernando Alberto Salinas Couto
Lá vai um barco à vela
do pescador sonhador,
no horizonte distante.
Misturando-se à aquarela,
Volta, mas triste e bela,
eis que não pescou o amor.
O amor daquela tal sereia
com a qual sempre sonhou,
mas que parece não existir.
Assim vem rumo á areia,
triste porque nada pescou,
para o seu coração ferir.
Eis que voltando ferido,
com esperança diminuída,
recolhendo a rede vazia,
o sonhador desiludido,
continua no mar da vida,
tendo no mar a sua poesia.
RJ – 28/06/23