CORAÇÃO
CORAÇÃO
O que o coração diz
Não importa o que fiz
O nada é que invade
Essa bendita idade
Em que a realidade
Apaga as mentiras
E traz à tona as verdades
Afinal essa inutilidade
Faz a cabeça pensar
No que foi um dia
Simulacros de alegria
Transtornos de tristezas
Ignorância das certezas
Achados achados máximos
Apenas átimos
Em vida vulgar
Apenas o respirar
Ares de constantemente
Alienados e dementes
Sem perspectiva de sementes
De um iluminado porvir
Ao contrário nem vir ou ir
Chorar ou rir
Modo estático
Preocupado com o estético
Sem qualquer profundidade
E agora na chegada da idade
O vazio invade
E pede sem concessões
Que haja logo a partida
Sem comiserações
Afinal chega de ilusão
Para coração