Sonoridades

 

Não sou pássaro sem rotas. Só nem sempre sei interpretar

os sinais e mapas que eu mesma desenhei.

O imprevisível é caminho quando é tempo de chuva nos olhos

e não sabemos para onde ir ou temos medo de abrir asas e voar...

 

Quando os afetos incendeiam a alma, o som da palavra estronda

como se asas de pássaros do céu soprassem

sobre as cordas de meu velho bandolim em meio ao silêncio longínquo...

 

O trêmulo das notas ilumina a noite mortiça

e os passos soturnos e injucundos sobre o tapete de folhas mortas...

É o soprano da vida que matiza sonoridades para dentro de um coração de amor...