Sempre haverá uma luta
Mesmo que eu seja
Um arrogante perdedor
Haverá dia após dia
Os passos que me desfaça
Na cadência violenta
Dessa indumentária
Chamada corpo
Haverá sempre
Uma companhia
Que não me acompanha
Os passos nas esquinas
Escuras dessa alma fria
Haverá sempre
A neblina que não alcanço
O mito que não conheço
O qual tento decifrar
O mistério não desvendado
E que está no não revelado
Haverá nada
No tudo que eu sou
E no tudo que não sei
Carregando-me
No turbilhão dos passos
Haverá um mundo
Que só é mundo
Enquanto houver vida
Elevando-se
Aos primórdios da fé
Haverá espaços para os deuses
Haverá espaços para os fracos perdedores
Haverá espaços para as esperanças
Haverá espaços para as mudanças
Com a minha energia revigorada
Unirei-me com a sua alimentada
E no quinto dia de nossa sobrevivência
Seremos eternos vencedores
Na tua vida e na minha vida