A POESIA E EU
O velho hábito da escrita me salvou.
Do quê?
E eu respondo, de mim mesma.
Cada verso escrito e cada poesia dita foram como bálsamos para a cura das feridas mais internas.
A poesia me salvou da monotonia do cotidiano.
Ela foi uma sábia senhora embalando meus sonhos com suas mãos senis e tecendo em suas grossas veias minha solidão crescente. Se não fosse tua agradável companhia eu de fato teria sucumbido.
Cada página esculpida é a demonstração sólida do meu ser.
A poesia e eu somos velhas companheiras dançando na corda bamba da vida.