Uma brisa de paz
Uma brisa de paz
O silêncio que me sopra docemente ao ouvido
O céu num novelo de algodão florido
A alvorada radiante que lentamente te traz
O cheiro inebriante de sensação de paz
A paisagem onde me esqueço e entrego
A aragem cortante com o endereço do sossego
O infinito que se atravessa numa contínua linha
O céu que na vastidão desagua e combina
A plumagem que faz cócegas no azul do firmamento
O sorriso que guardo virado para dentro
O tom dourado por entre as sombras cansadas
O som de algum lado em palavras sussurradas
O ar puro que se despe num tecido transparente
O olhar perdido na leveza do que sente
Luísa Rafael
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Porto, Portugal