O ALARIDO
Francisco de Paula Melo Aguiar
O alarido que vem da rua.
Tem de sobra sentido.
O povo está faminto criatura.
Desempregado, carente e sofrido.
A bolsa tudo não cola.
É esmola do amansa leão.
Que não enche a sacola.
De carne, arroz, feijão e pão.
A ilusão nacional.
De que o povo é feliz.
Onde todo mundo é igual.
A amor de cabaré por meretriz.
Enquanto o povo não acorda.
A política é a mesma de sempre.
Quem manda aperta à corda.
Da ideologia do dependente.